E eu sou jovem. E eu tenho todo o tempo, e todos os erros para cometer. Eu tenho a desculpa da inexperiência e a proteção dos mais velhos. E eu ainda sou jovem.
E tudo passa, mesmo sendo jovem, acreditam que não tenho preocupações, nem responsabilidades, que apenas preciso decidir o rumo da minha vida aos 17 anos e que depois que eu errar, não posso tentar reafirmar meus anseios. Pois já me decidi - ou decidiram por mim.
E eu sou jovem, eu ainda tenho que escutar os erros dos que me rodeiam - e concordar. Ainda preciso pedir permissão pra simplesmente decidir sobre minha felicidade. Ainda tenho que admitir que a juventude é o período dos erros, e que até os meus acertos são erros que eu errei. Eu ainda sou jovem, e não sei quanto tempo esse paradoxo acerca da juventude vai perdurar, não sei quanto tempo ainda vão levar para entenderem que somos jovens, não juvenis. Talvez demore o tempo em que minha juventude não estará mais estampada em meu rosto, em que eu já tenha tomado o caminho normal, e que quando eu ver alguma decisão tomada por algum jovem, eu já tenha dito:
- Mas você é jovem.
Mesmo sabendo que eu já fui jovem.
E eu sou jovem
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