Ter te todo acesso sem nenhum arrepio
É te viver através de uma deriva de soneto
Te procurar num vento devaneio
Ter cabeça mas não ter a razão de se transbordar
É sentir a pluralidade fazer-nos singular
Sentir meu peito guardado nos teus verbos
Ter tua forma transfigurada na minha impaciência
Ter meus erros registrados e meus traços copiando tua indecência
É temer veementemente o último
Duvidar do amor já ladrilhado
Ser escancarado quanto ao futuro
E ter o futuro escancarado
E se no fim, isso é ter o teu lado
Que eu tenha sem cortes
Que a loucura seja a minha sorte
De andar contigo, de mãos dadas ou abraçado.
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