19 setembro 2016

Não dou mais bom-dia

- Opa, bom dia.
- Bom dia senhor(a).
- Bom dia amoooorrr
- Bom dia.
Bom dia é definitivamente a expressão (substantivo) mais genérica e mentirosa do nosso curto vocabulário. "Ah, mas dar bom dia é questão de educação". Mas a mamãe ensinou a não mentir, não é? Pois ninguém em sã consciência deseja um bom dia nas segundas às 6 da manhã, ninguém.
Bom dia infelizmente caiu no piloto automático, não causa efeito positivo nenhum - tanto que têm horas que damos duas vezes para a mesma pessoa sem perceber, e ninguém dá presente duas vezes. Então não se empolgue quando aquela (mesmo) pessoa te dá aquele bom dia - não significou nada para ela e nem deve significar para você.
Baseado nessa soma de fatores que eu sou a favor da abolição desse substantivo, caçamos ela do português e se me perguntarem o porquê, alego: "Qual o significado de um cumprimento que serve tanto para quem você passa a noite pensando quanto para quem você passa a noite tentando esquecer?"

Mas caso queiram manter a expressão apenas troquem seu significado:
Bom-dia: expressão (substantivo) usada quando não se conhece alguém, quando não se gosta de alguém, quando se ama alguém, quando se quer o mal de alguém ou quando realmente quer desejar um bom dia à alguém (válido apenas antes das 10 da manhã). Obs: não se aplica a mensageiros eletrônicos já que pode vir acompanhada de emojis (emoticons).


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