Queria que brigássemos menos, ou que brigássemos por algo que valesse a pena brigar. Queria brigar pelo futuro, por alguma decisão que fatalmente mudará o rumo da vida. Mas não, sempre brigamos pelo inútil, e quanto mais inútil, maior a bomba. Relação inversamente proporcional. Batidas de porta, o silêncio mais estarrecedor da casa, voltamos ao primitivo e até rugimos, tudo isso pelo arroz que caiu ou mais à esquerda ou mais à direita da mesa, nunca pelo meteoro, sempre pelo grão de arroz. E tudo isso pra que? Pois é, minha teoria é que o total esgotamento pelo mais insignificante nunca causará drásticas mudanças em ambas as vidas - vale a pena -, outra vez crianças.
Dia após dia, palavra após palavra, cansaço atrás de desgosto. E assim levamos a vida, por que nos disseram que já que escolhemos e não temos direito de errar ou redirecionar-nos. MAS QUE SE FODA. Erramos, e nunca por querer, mas a porrada vem sem proteção e se não der a cara, não merece a...
Há coisas que por mais que me deem mil anos e a onisciência não conseguirei postular nenhuma observação sequer.
O lar é construído, modificado e eximido, num passo que só a deterioração mágica da mão humana consegue provocar. Somos veneno, enquanto discutimos ser a cura. Findou-se.
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